domingo, 10 de junho de 2012

GABARITO

1- d  2-c  3- b  4- e  5- d  6- c  7- d 8- e 9- e 10- e 11- b  12- c 13- c 14- c 15- b  16- d  17- c 18- b  19- e  20- c  21- e  22- d  23- d  24- b  25- a  26- d  27- c 28- e 29- b  30- e 31- c 32- a  33- d  34- c

Questões para interpretar...

Antes de fazer estes exercícios de interpretação com gabarito, não deixe de pensar um pouco nessas dicas de interpretação de textos que coloco abaixo. Bons estudos.


01. Ler todo o texto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
03. Ler o texto pelo menos umas três vezes;
04. Ler com perspicácia, sutileza;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação.

Vamos aos exercícios então.
TEXTO XX
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas).

1) Pode-se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem, que se trata:
a) de um texto jornalístico
b) de um texto religioso
c) de um texto científico
d) de um texto autobiográfico
e) de um texto teatral

2) Para o autor-personagem, é menos comum:
a) começar um livro por seu nascimento.
b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
c) começar um livro por sua morte.
d) não começar um livro por sua morte.
e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte.

3) Deduz-se do texto que o autor-personagem:
a) está morrendo.
b) já morreu.
c) não quer morrer.
d) não vai morrer.
e) renasceu.

4) A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos:
a) escreveram livros.
b) se preocupam com a vida e a morte.
c) não foram compreendidos.
d) valorizam a morte.
e) falam sobre suas mortes.

5) A diferença capital entre o autor e Moisés é que: 
a) o autor fala da morte; Moisés, da vida.
b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso.
c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte.
d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte.
e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de Moisés.

6) Deduz-se pelo texto que o Pentateuco:
a) não fala da morte de Moisés.
b) foi lido pelo autor do texto.
c) foi escrito por Moisés.
d) só fala da vida de Moisés.
e) serviu de modelo ao autor do texto.

7) Autor defunto está para campa, assim como defunto autor para:
a) introito
b) princípio
c) cabo
d) berço
e) fim

8) Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu (sua):
a) conformismo diante da morte;
b) tristeza por se sentir morto
c) resistência diante dos obstáculos trazidos pela nova situação
d) otimismo quanto ao futuro literário
e) atividade apesar de estar morto

TEXTO XXI
Segunda maior produtora mundial de embalagem longa vida, a SIG Combibloc, principal divisão do grupo suíço SIG, prepara a abertura de uma fábrica no Brasil. A empresa, responsável por 1 bilhão do 1,5 bilhão de dólares de faturamento do grupo, chegou ao país há dois anos disposta 5 a brigar com a líder global, Tetrapak, que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado. Os estudos para a implantação da fábrica foram recentemente concluídos e apontam para o Sul do país, pela facilidade logística junto ao MERCOSUL. Entre os oito atuais clientes da Combibloc na região estão a Unilever, com a marca de atomatado Malloa, no Chile, e a 10 italiana Círio, no Brasil. (Denise Brito, na Exame, dez./99)
9) Segundo o texto, a SIG Combibloc:
a) produz menos embalagem que a Tetrapak.
b) vai transferir suas fábricas brasileiras para o Sul.
c) possui oito clientes no Brasil.
d) vai abrir mais uma fábrica no Brasil.
e) possui cliente no Brasil há dois anos, embora não esteja instalada no país.

10) Segundo o texto:
a) O Mercosul não influiu na decisão de instalar uma fábrica no Sul.
b) a SIG Combibloc está entrando no ramo de atomatado.
c) a empresa suíça SIG ocupa o 2o lugar mundial na produção de embalagem longa vida.
d) a Unilever é empresa chilena.
e) a SIG Combibloc detém 2/3 do faturamento do grupo.

11) Os estudos apontam para o Sul porque:
a) o clima favorece a produção de embalagens longa vida.
b) estão próximo aos demais países que compõem o Mercosul.
c) a Círio já se encontra estabelecida ali. -v-. v.
d) nos países do MERCOSUL já há clientes da Convi-lo.
e) o Sul é uma região desenvolvida e promissora.

12) “...que detém cerca de 80% dos negócios nesse mercado.” (/. 5-6) Das alterações feitas nessa passagem do texto, a que não mantém o sentido original é:
a) a qual detém cerca de 80% dos negócios em tal mercado.
b) que possui perto de 80% dos negócios nesse mercado. 
c) que detém aproximadamente 80% dos negócios em tais mercados.
d) a qual possui aproximadamente 80% dos negócios nesse mercado.
e) a qual detém perto de 80% dos negócios nesse mercado.

13) “...e apontam para o Sul do país...” O trecho destacado só não pode ser entendido, no texto, como:
a) e indicam o Sul do pai
b) e recomendam o Sul do país
c) e incluem o Sul do país
d) e aconselham o Sul do país
e) e sugerem o Sul do país
TEXTO XXII
Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na  pesca,  em  determinados  ofícios 5 mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos. (Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)
14) Segundo o autor, os antigos moradores da terra:
a) foram o fator decisivo no desenvolvimento dos latifúndios coloniais.
b) colaboravam com má vontade na caça e na pesca.
c) não gostavam de atividades rotineiras.
d) não colaboraram com a indústria extrativa.
e) levavam uma vida sedentária.

15) “Trabalho acurado” (l. 6) é o mesmo que:
a) trabalho apressado
b) trabalho aprimorado
c) trabalho lento
d) trabalho especial
e) trabalho duro

16) Na expressão “tendência espontânea” (/. 7), temos uma(a):
a) ambiguidade
b) cacofonia
c) neologismo
d) redundância
e) arcaísmo

17) Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:
a) os portugueses
b) os negros
c) os índios
d) tanto os índios quanto os negros
e) a miscigenação de portugueses e índios

18) Pelo visto, os antigos moradores da terra não possuíam muito (a): 
a) disposição
b) responsabilidade
c) inteligência
d) paciência
e) orgulho
TEXTO XXIII
Com todo o aparato de suas hordas guerreiras, não conseguiram as bandeiras realizar jamais a façanha levada a cabo pelo boi e pelo vaqueiro. Enquanto que aquelas, no desbravar, sacrificavam indígenas aos milhares, despovoando  sem  fixarem-se,  estes  foram 5 pontilhando de currais os desertos trilhados, catequizando o nativo para seus misteres, detendo-se, enraizando-se. No primeiro caso era o ir e voltar; no segundo, era o ir-e-ficar. E assim foi o curral precedendo a fazenda e o engenho, o vaqueiro e o lavrador, realizando uma obra de conquista dos altos sertões, exclusive a pioneira. (José Alípio Goulart, in Brasil do Boi)
19) Segundo o texto:
a) tudo que as bandeiras fizeram foi feito também pelo boi e pelo vaqueiro.
b) o boi e o vaqueiro fizeram todas as coisas que as bandeiras fizeram.
c) nem as bandeiras nem o boi e o vaqueiro alcançaram seus objetivos.
d) o boi e o vaqueiro realizaram seu trabalho porque as bandeiras abriram o caminho.
e) o boi e o vaqueiro fizeram coisas que as bandeiras não conseguiram fazer.

20) Com relação às bandeiras, não se pode afirmar que:
a) desbravaram 
b) mataram 
c) catequizaram
d) despovoaram
e) não se fixaram

21) Os índios foram:
a) maltratados 
b) aviltados 
c) expulsos
d) presos
e) massacrados

22) O par que não caracteriza a oposição existente entre as bandeiras e o
Boi e o vaqueiro são:
a) aquelas (/. 3) / estes (/. 4)
b) ir-e-voltar (/. 6/7) / ir-e-ficar (/. 7).
c) no primeiro caso (/. 6) / no segundo (/. 7).
d) enquanto (/. 3) / e assim [1.7) 
e) despovoando (/. 4) / pontilhando (/. 5)

23) “...catequizando o nativo para seus misteres...” Das alterações feitas na
Passagem acima, a que altera basicamente o seu sentido é:
a) doutrinando o indígena para seus misteres
b) catequizando o aborigine para suas atividades
c) evangelizando o nativo para seus ofícios
d) doutrinando o nativo para seus cuidados
e) catequizando o autóctone para suas tarefas

24) O elemento conector que pode substituir a preposição com (/. 1),
Mantendo o sentido e a coesão textual, é:
a) mesmo 
b) não obstante 
c) de
d) a respeito de
e) graças a

25) “...o aparato de suas hordas guerreiras...” sugere que as conquistas dos
bandeirantes ocorreram com:
a) organização e violência
b) rapidez e violência
c) técnica e profundidade
d) premeditação e segurança
e) demonstrações de racismo e violência


TEXTO XXIV
Você se lembra das Casas da Banha? Pois é, uma pesquisa mostra que mais de 60% dos cariocas ainda se recordam daquela que foi uma das maiores redes de supermercados do país, com 224 lojas e 20.000 funcionários, desaparecida no início dos anos 90. Por isso, seus antigos 5 donos, a família Velloso, decidiu ressuscitá-la. Desta vez, porém, apenas virtualmente. Os Velloso fizeram um acordo com a GW.Commerce, de Belo Horizonte, empresa que desenvolve programas para supermercados virtuais. Em troca de uma remuneração sobre o faturamento, A GW gerenciará as vendas para a família Velloso. A família cuidará apenas das 10 compras e das entregas. (José Maria Furtado, na Exame, dez./99)
26) Segundo o texto, a família Velloso resolveu ressuscitar as Casas da
Banha porque:
a) a rede teve 224 lojas e 20.000 funcionários.
b) a rede foi desativada no início dos anos 90.
c) uma empresa do ramo de programas para supermercados propôs um acordo
Vantajoso, em que a rede só entraria com as compras e as entregas.
d) mais da metade dos cariocas não esqueceram as Casas da Banha.
e) a rede funcionará apenas virtualmente.

27) A palavra ou expressão que justifica a resposta ao item anterior é:
a) Você (/. 1) . ,.. . b)
Desaparecida (/. 4)
c) Por isso (/. 4)
d) Desta vez (/. 5)
e) acordo {l. 6)

28) “Desta vez, porém, apenas virtualmente.”.
Com a passagem destacada acima, entende-se que as Casas da Banha:
a) funcionarão virtualmente, ou seja, sem fins lucrativos.
b) não venderão produtos de supermercado.
c) estão associando-se a uma empresa de informática.
d) estão mudando de ramo.
e) não venderão mais seus produtos em lojas.

29) O pronome “Ia” (/. 5) não pode ser, semanticamente, associado a:
a) Casas da Banha (/. 1)
b) pesquisa (/. 1)
c) daquela (/. 2)
d) uma (/. 3)
e) desaparecida (/. 4)


TEXTO XXV
A fábrica brasileira da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, será usada como piloto para a implementação do novo modelo de negócios que está sendo desenhado mundialmente pela montadora. A meta   da   GM    é    transformar-se    numa    companhia    totalmente 5 voltada para o comércio eletrônico. A partir do ano 2000, a Internet passará a nortear todos os negócios do grupo, envolvendo desde os fornecedores de autopeças até o consumidor final. “A planta de Gravataí representa a imagem do futuro para toda a GM”, afirma Mark Hogan, ex-presidente da filial brasileira e responsável pela nova
divisão e-GM. (Lidia Rebouças, na Exame, dez./99)
30) Segundo o texto:
a) a GM é uma empresa brasileira instalada em Gravataí.
b) a montadora fez da fábrica brasileira de Gravataí um modelo para todas as outras fábricas espalhadas pelo mundo.
c) no Rio Grande do Sul, a GM implementará um modelo de fábrica semelhante ao que está sendo criado em outras partes do mundo.
d) a fábrica brasileira da GM vinha sendo usada de  acordo com o modelo mundial, mas a montadora pretende alterar esse quadro.
e) a GM vai utilizar a fábrica do Rio Grande do Sul como um protótipo do que será feito em termos mundiais.

31) A opção que contraria as ideias contidas no texto é:
a) A GM vai modificar, a partir de 2000, a forma de fazer negócios.
b) Será grande a importância da Internet nos negócios da GM.
c) O consumidor final só poderá, a partir de 2000, negociar pela Internet.
d) O comércio eletrônico está nos planos da GM para o ano 2000.
e) A fábrica brasileira é considerada padrão pelo seu ex-presidente.

32)Deduz-se, pelo texto, que a fábrica brasileira:
a) será norteada pela Internet.
b) terá seu funcionamento modificado para adaptar-se às necessidades do mercado.
c) será transferida para Gravataí.
d) estará, a partir de 2000, parcialmente voltada para o comércio eletrônico.
e) seguirá no mesmo ritmo de outras empresas da GM atualmente funcionando no mundo.

33) Por “implementação” (/. 2), pode-se entender:
a) complementação
b) suplementação
c) exposição
d) realização
e) facilitação

34) Segundo as ideias contidas no texto, a transformação que se propõe a GM:
a) não tem apoio dos fornecedores.
b) tem apoio do consumidor final.
c) tem prazo estabelecido.
d) é inexequível.
e) não tem lugar marcado.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Em breve...

Projeto de Leitura.
Tema: Lugar onde vivo...

Histórico de Matureia.

           A história de Maturéia está relacionada com os primórdios do Povoado de Canudos do qual se originou o município de Teixeira. O antigo Povoado de Canudos mudou o nome para Vila do Teixeira e, em 1874, foi elevada à condição de cidade. Não existe uma data correta para afirmar quando ocorreu a fundação de Matureia.
          Em 1818 Matureia já tinha este nome, era uma fazenda que pertencia a Bernardo Carvalho Andrade Cunha e Ana Guedes Alcoforado este proprietário iniciou um grande plantio de trigo em sua propriedade, com sementes exclusivamente selecionadas a primeira colheita chegou a impressionar o presidente da província da Paraíba que mandou um engenheiro alemão e um agricultor português para intensificação da cultura chegando a instalar um moinho na região do Antigo engenho do Angico. Neste Sítio nasceu Padre Cônego Bernardo.
          Por um tempo o os proprietários da fazenda Maturéia foram Matuzalém e Dulcinéia.
          Em 1919 o casal Manoel Varelo e sua esposa Severina Varelo compraram o sítio e doaram terrenos iniciando a povoação de Maturéia. Dona Severina Varelo muito católica deu inicio a construção da capela de Nossa Senhora da Conceição com a ajuda das pessoas dos sítios da região os Trabalhos da igreja foram repassados para Mariinha Dantas a primeira professora e catequista. Outros Matureenses que fizeram a diferença, Fábio Dantas dentista, Maurício Dantas delegado,Maria das Dores(Dodói) parteira e etc. 
          São considerados os fundadores do local, os ascendentes das famílias Dantas, Jerônimo, Vasco, Maia, Costa e Firmino. Os descendentes dessas famílias habitam o local e se dedicam a variadas atividades econômicas relacionadas com a agricultura e à pecuária.
Gentílico: matureense
           Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Maturéia ex-povoado, pela lei estadual nº5184, de 20-09-1989, subordinado ao município de Teixeira. 
1995.
           Elevado à categoria de município com a denominação de Maturéia, pela lei estadual nº 6175 de 13-12-1995, desmembrado de Teixeira tendo sido eleito em 1996 seu primeiro prefeito Ariano Dantas Monteiro e Vice Josa Elio Dionizio Ramos, empossado em 1º de janeiro de 1997. Símbolos do Município
           O Brasão de Maturéia foi oficializado pelo em 10/12/2001 (pela lei nº124/2001).Ele é usado como timbre nos papeis oficiais.
           A Bandeira matureense foi oficializada pelo prefeito José de Freitas da Silva em 10/12/2001 (pela lei nº 124/2001)
Retirado do blog: Saber Historia

Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal

         O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?

Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

            A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

                                        Observe alguns exemplos:
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.
 
   Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem verbal (óxente, polo norte 2100) e não verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).
 Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra-molas”.
 
  Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”.
 
Imagem indicativa de “silêncio”.
 
  Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Regência

FLEXÕES VERBAIS

Pessoa = varia a forma verbal para indicar a pessoa gramatical a que se refere.

1ª pessoa - orador (que fala)

2ª pessoa - interlocutor (com quem se fala)

3ª pessoa - assunto (de que se fala)

Número = varia a forma verbal para indicar o número de sujeitos a que se refere

Singular - refere-se a um único sujeito. Por exemplo, o menino fala.

Plural - refere-se a mais de um sujeito. Por exemplo, os meninos falam.

Tempo = varia a forma verbal para indicar o tempo em que o fato ocorre.

Presente - indica que a ação acontece durante o momento em que se fala. Por exemplo, eu estudo.

Pretérito - indica que a ação aconteceu antes de se falar. Por exemplo, eu estudei.

Futuro - indica que a ação vai acontecer depois de se falar. Por exemplo, eu estudarei.

Modo = varia a forma verbal para indicar o modo em que ocorre o fato.

Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo, eu sempre estudo.

Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo, talvez eu estude amanhã.

Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo, estuda agora, menino.

Além dos três modos verbais, existem as três formas nominais, observe:

Infinitivo - passa a substantivo. Por exemplo, o correr…

Gerúndio - passa a substantivo. Por exemplo, o formando…

Particípio - passa a substantivo ou adjetivo. Por exemplo, o feito… e o trabalho realizado.

Voz = indica se o sujeito pratica ou recebe a ação.

Ativa - o sujeito pratica a ação, por isso é um sujeito agente. Por exemplo, o soldado invadiu o velho casarão.

Passiva - o sujeito sofre a ação, por isso é um sujeito paciente. Por exemplo, o velho casarão foi invadido pelo soldado(forma analítica); invadiu-se um velho casarão(forma sintética ou pronominal).

Reflexiva - o sujeito pratica e recebe a ação. Por exemplo, eu me olhei ao espelho. A menina feriu-se. A moça vestiu-se rapidamente.

Regência Verbal e Nominal

Definição:

Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.

REGÊNCIA VERBAL

Termo Regente: VERBO

A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).

O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe:

A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.

Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém".

Saiba que:

O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:

Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.

No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.

Para alunos do 9º Ano / Regência verbal e Nominal

REGÊNCIA Verbal / Exercícios

1) Assinale o erro de regência verbal.
a) Ele assistia com carinho os enfermos daquele hospital.
b) Não quero assistir esse espetáculo.
c) Carlos sempre assistiu em Belo Horizonte.
d) Não deixe de assistir àquele jogo.

2) Há erro de regência verbal na opção seguinte:
a) Aspirou profundamente o forte odor do café.
b) Ela não pode visar o passaporte.
c) Todos visam uma vida de paz.
d) Ali as pessoas aspiravam à fama.

3) Aponte a frase que apresenta incorreção de regência verbal.
a) Mário pagou o carro.
b) A moça perdoou a indiscrição do colega.
c) Antônio deixou de pagar o ajudante ontem.
d) Perdoemos aos que nos ofendem.

4) Marque o erro de regência verbal.
a) Prefiro estudar que trabalhar.
b) À cerveja prefiro o leite.
c) Prefiro leite a cerveja.
d) Prefiro este nome àquele que ele propôs.

5) Está perfeita a regência verbal na alternativa:
a) O professor procedeu a chamada.
b) Sua permanência implicará grande prejuízo a todos.
c) Devemos obedecer o regulamento.
d) Irei na sua casa logo mais.

6) Assinale a frase que não pode ser completada com o que vai nos parênteses.
a) Pagarei......alguns empregados hoje à noite. (a)
b) Naquela época, meu sobrinho assistia......Belo Horizonte. (em)
c) Não implique......o colega. (com)
d) Quando morava no campo, aspirava.......ar puro e sentia-se bem. (ao)

7) Está perfeita a regência verbal somente na seguinte alternativa:
a) A festa que ele compareceu foi ótima.
b) O livro que ele gosta muito desapareceu.
c) A empresa por que ele tanto se esforçou acabou falindo.
d) O cargo que tu aspiravas já foi preenchido.

8) Nas frases seguintes, todas com o pronome CUJO, há uma com erro de regência
verbal. Assinale-a.
a) Esta é a criança cujo pai deseja falar-nos.
b) Paulo, por cujas atitudes não me responsabilizo, deixou a firma.
c) Luís, contra cujas idéias sempre lutei, hoje é meu amigo.
d) Está lá fora o homem cujas ideias jamais acreditei.

9) Está correta a regência da frase:
a) O filme que assistimos é excelente.
b) O emprego que aspirávamos era apenas um sonho.
c) O documento que visei era falso.

10) Marque a alternativa em que ocorre erro na substituição por pronome átono.
a) Obedeci ao professor. / Obedeci-lhe.
b) Encontrei os animais na rua. / Encontrei-os na rua.
c) Toquei o seu braço. / Toquei-lhe o braço.
d) Visitou a amiga no hospital. / Visitou-lhe no hospital.

11) Só há erro de regência em:
a) Não sei onde ele será levado.
b) Ali está o comerciante a quem mandei a notificação.
c) Nós o trouxemos ontem.
d) Responda às questões seguintes.

12) Marque o erro de regência verbal.
a) Assistimos, extasiados, o espetáculo.
b) Alguém está assistindo o doente?
c) Aspirávamos o perfume das rosas.
d) Todos aspiram à paz.

13) Há erro de regência verbal em:
a) Eu lhe quero muito.
b) Eu o quero muito.
c) Paula namorava com alguém daquela família.
d) Todos perdoaram ao jovem.

14) Preencha as lacunas e anote a alternativa adequada.
Cientifico-.......de que a posse foi adiada.
Poucos.......entendem.
Meus irmãos.........obedecerão.
a) o - o - lhe
b) lhe - lhe - lhe
c) o - o - o
d) o - lhe – lhe

15) ( GAMA FILHO) Assinale a frase em que há erro de regência verbal.
a) O desmatamento implica destruição e fome.
b) Chegamos na cidade antes do anoitecer.
c) Jonas reside na Rua das Marrecas.
d) Avisei-o de que devia partir.
e) Os ambientalistas assistiram a uma conferência.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia 08 de março dia Internacional da Mulher

Ser Mulher


Mulher
Semente...
SER-mente...
SER que faz gente,
SER que faz a gente.

Mulher
SER guerreiro, guerrilheiro,
lutador...
multimidia, multitarefa,
multifaceta, multi-acaso...
multi-coração...

Mulher
SER que dá conta,
que vai além da conta,
que multiplica,
divide, soma e subtrai,
sem perder a conta,
sem se dar conta, de que
esse século foi seu parto,
na direção de seu espaço,
de seu lugar de direito e de fato,
de seu mundo que lhe foi
usurpado e que agora é
por ela ocupado.

MULHER...
Esse SER florado,
esse SER adorado,
esse SER adornado,
que nos poem em um tornado,
nos deixa saciado e
transtornado,
que nos faz explodir
e sentir extasiado.
SER admirado...

MULHER...
Nesse final de milénio,
faça a transição.
Tire de seu coração a semente
que vai mudar toda a gente
levando o mundo a ser mais gente...
Um mundo mais feminino,
mais rosado e sensibilizado,
mais equilibrado e perfumado...

PARABENS MULHER !!!
Não pelo oito de marco,
nem pelo beijo e pelo abraço,
nem pelo cheiro e pelo amaço.
Mas por ser o que és...
Humus da humanidade,
Raiz da sensibilidade,
Tronco da multiplicidade,
Folhas da serenidade,
Flores da fertilidade,
Frutos da eternidade...
Essencia da natureza humana.

Parabéns...
Um abraço, Madalena.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

10 passos da redação nota 10


Dicas e conselhos para escrever melhor e sair-se bem ante a exigência de bons textos no mercado de trabalho, nos processos seletivos e no cotidiano

Redigir textos virou exigência tão difundida na sociedade contemporânea que chega a ser quase impossível tocar a vida sem ser obrigado a adquirir familiaridade com qualidades da escrita.

A concorrência nunca esteve tão acirrada e em campos que ressaltam o papel da redação como um filtro. O Enem deste ano, por exemplo, conta com 6,2 milhões de candidatos (1,5 milhão a mais do que em 2010). O vestibular da Unesp, um dos maiores do país, registrou a maior concorrência de sua história: 12.375 inscritos para 510 vagas (24,3 por vaga). Como tantas outras instituições, a PUC-Minas computou aumento no número de candidatos (42,6%) em seu processo seletivo.

Provas de redação viraram o grande vilão dos concursos públicos no Brasil. A avaliação é da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anfac), que registra, por ano, cerca de 10 milhões de candidatos, um terço dos quais têm cadeira cativa em cursos preparatórios, uma indústria que movimenta R$ 1 bilhão por ano. Uma parte substancial do trabalho preparatório, mesmo de provas técnicas, está centrado no ensino de redação.

Com o mercado aquecido, negócios e relacionamentos de trabalho dependem, não raro, do desempenho na criação de textos claros, criativos e precisos - no papel ou em meio eletrônico. O aumento da oferta na rede de ensino pública e no ensino superior privado (há 2.300 instituições do gênero, que não existiam há dez anos) implica o proporcional crescimento de trabalhos escolares redigidos no país.

O peso da redação vem aumentando em ambientes de trabalho que requerem a produção de textos profissionais, como relatórios, memorandos e cartas comerciais. Além de experiência e qualificações curriculares, as entrevistas de emprego nas empresas têm tido por frequente critério a exigência da redação.

Aprimorar a redação está longe de ser perda de tempo. Língua sugere a seguir 10 passos para a redação de qualidade em situações de comunicação cotidianas. Indicam caminhos para o redator aperfeiçoar suas técnicas de escrita. E fazer frente às exigências de escrita do dia a dia.

1 - O cuidado com a gramática
Muita gente crê que não cometer erros de português já define um texto nota dez.
Um texto sem erros gramaticais, no entanto, deve ser hoje encarado mais do que uma mera meta. É antes um pressuposto.
Toda redação é um composto em que o uso da linguagem adequada se revela um de seus fatores importantes, é verdade.
Mas não o único.
Quem examina redações em concursos, vestibulares e no mercado de trabalho tende a supor que o redator seja capaz de conhecer e reconhecer as diversas linguagens, sabendo comunicar-se em diferentes situações conforme a exigência do contexto.
É preciso saber acentuar, concordar verbal e nominalmente; demonstrar que conhece os preceitos da ortografia e tem habilidade com conectivos, pronomes e verbos, e que o conhecimento da regência verbal e nominal condiga com o tecido textual.
Convém evitar expressões como "eu acho", "eu penso" ou "quem sabe", porque elas mostram dúvida e fazem com que seu texto perca credibilidade.
É preciso, acima de tudo, usar linguagem simples, que não exige do leitor o esforço de decifrar um texto complicado de entender.
Torne as frases leves e curtas sendo claro, seguindo a ordem direta de apresentação do assunto, sem inversão da sequência de dados e opiniões.
É necessário, para tudo isso, uma dose de leitura diária.

2 - Saiba cercar-se de fontes
Uma boa redação é muitas vezes aquela em que se soube manejar uma coletânea de textos de apoio, mas fazendo isso com sabedoria, sem simplesmente decalcar as informações. A coletânea deve ser usada como uma referência para que se possa encaminhar o próprio texto. Consultar diferentes fontes, entender as ideias que provêm delas, e produzir o texto em consonância com os limites impostos pelas informações consultadas é um exercício importante, pois pode dar segurança e qualidade aos nossos textos. Assim, quando lançados à obrigação de criar textos sem consultas do gênero, saberemos o que fazer com as ideias que nos surgirem na cabeça, pois teremos aprendido a organizar o desenvolvimento de raciocínios a partir de informações, não mera divagação.


3 - Busque um raciocínio lógico
Uma redação nota 10 é a que apresenta ideias que permitam ao leitor uma compreensão exata do que se pretendeu escrever. Cabe ao redator dar um caminho ao raciocínio, criar um sentido que responda às lacunas do que ele imagina tomar o leitor a cada parágrafo. Uma dissertação de vestibular, por exemplo, deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão. A narrativa de uma entrevista de trabalho, numa seleção de emprego com tema de redação livre, pode dispor de apresentação, trama e desfecho.
É providencial que os parágrafos estejam organizados para que a leitura seja clara e sem dispersão. Para tanto, o uso correto dos conectivos torna-se fundamental. São eles que permitem ajustes de raciocínio por meio de ligações adequadas.
Um bom vocabulário é outro fator importante na composição do raciocínio, pois é preciso saber variar os termos e fazer uso de sinônimos. A coesão espaço temporal requer cuidados para evitar equívocos, como conferir a um personagem citado falas distintas do tempo em que o apresentamos.

4 - Concilie tema e proposta
Seja qual for a sua opinião, simplesmente a defenda. Busque a sensatez e evite radicalismos e pontos polêmicos. Numa prova de redação, é frequente a necessidade de fazer a associação entre a leitura, a interpretação do tema proposto. O ideal é ler atentamente o que nos propõem, avaliar os conceitos que temos e os argumentos em contrário, acentuar detalhes imprescindíveis e produzir um projeto de texto que demonstre com precisão a capacidade de trabalhar o tema dentro do que foi solicitado. É sempre bom lembrar que, em muitos casos, o tema exige um senso de observação aguçado, que leva o redator, obrigatoriamente, a relações intertextuais dinâmicas e até mesmo complexas, principalmente nos chamados temas "filosóficos" ou "comportamentais".

5 - Recorra aos esboços
Os textos que não passam por um projeto prévio são os que mais podem suscitar problemas. E o que seria um projeto de texto? É projetar aquilo que se vai escrever: limitar o texto às exigências do público que lerá o texto, balanceado com o que se sabe e pode trabalhar. Assim, no caso dos textos argumentativos, o primeiro passo é extrair uma tese, a ideia que vai ser exposta e defendida. Em seguida, buscar as argumentações que, de forma crítica e bem conduzidas, possam sustentar tal tese. Tudo isso de modo a compor um esquema, um esboço, atentando para incluir pontos que sejam importantes e não esquecidos quando da elaboração do texto. A conclusão pode ser projetada desde o início, para que o redator imagine quando e como terminar o trabalho. É fundamental lembrar que temos um espaço para escrever e, seja qual for o gênero, ele precisa atender aos limites impostos pela situação de comunicação. Daí a importância também do planejamento textual.

6 - Seja coerente
Uniformidade é uma palavra-chave. A ideia que o norteia não pode ser contraditória, generalizante ou inverossímil. A boa redação prima pela coerência, não desdiz o que vinha apresentando, não faz generalizações inexatas, nem considerações infundadas.

A coerência diz respeito ao modo como as ideias e os fatos são dispostos. Descreva argumentos coerentes. Apresente apenas argumentos que tenham fundamento, não tente escrever o que você "acha" ou não tenha certeza. Tudo isso tende a levar o texto ao descrédito - como dizer, simplesmente, que todos os políticos são desonestos, todos os jovens usam drogas, todas as mulheres gostam de apanhar, e coisas do gênero.

Seja objetivo. Numa seleção de emprego com tema livre, por exemplo, convém falar da carreira, da profissão, da área de atuação ou algo sobre a atualidade. Redações com temas indistintos, como "minhas férias", ou confessionais demais, indicam falta de objetividade.

7 - Evite fórmulas
Há quem busque por fórmulas mágicas capazes de, num só momento, produzir um texto impecável sem as "dores do parto" que costumam acompanhar o processo de escrita. Esses redatores tendem a colecionar técnicas e mais técnicas, num amontoado de efeitos que, se não conduzidos a contento, levam a um texto pífio ou sem noção de autoria. É evidente que não se podem eliminar as técnicas na composição de um texto, mas é fundamental que elas sejam bem empregadas, com sentido e bem alicerçadas.

É preciso evitar, por exemplo, o uso de frases de efeito, pois tendem a permitir interpretações apressadas, quando não indesejáveis - isso se a frase for de fato inteligente (há sempre o risco de só o criador delas achá-las inteligentes).

Na dúvida, evite usar termos em inglês. É recurso usado muitas vezes de forma inábil, como sinalização de status e conhecimento com que, de fato, nem sempre se está familiarizado. Corre-se o risco desnecessário de errar a grafia e pode-se encarar um leitor ressabiado pelos estrangeirismos .

De nada vale, também, decorar trechos de obras, menções históricas e coisas do gênero, para depois usar de forma indiscriminada e sem critério num escrito. Abrir um texto com definição descontextualizada ou uma alusão imprópria mostra a debilidade do redator. Uma citação, uma alusão, um efeito de causa e consequência, uma definição, entre outras técnicas, são recursos que imprimem ao texto uma qualidade superior, mas não devem e não podem ser usados sem nexo nem competência. O caminho para uma adequação inteligente desses recursos é o exercício.

8 - Desenvolva um estilo
É muito importante que a redação tenha um rosto, por meio do qual se vislumbre uma noção de estilo por parte do redator. Pode-se desenvolver a argumentação de pelo menos duas maneiras: usando um tom mais ponderado, focado na discussão de um assunto mais sério e sem espaço para o humor; ou de maneira mais solta e espontânea, exaltando o tema em questão. Esses dois registros são como máscaras, que o redator pode mudar conforme a ocasião ou assunto tratado. Evidentemente, será inadequada a abordagem de um tema como o aborto, por exemplo, valendo-se de um registro leve e descompromissado. Tampouco será apropriado falar de temas que demandem um trato despojado sob um ponto de vista demasiado sisudo ou tecnicista. No entanto, seja qual for o tom adotado, é importante escrever em terceira pessoa, evitando manifestações exacerbadas de sentimentos e tentativas de impressionar com um vocabulário rebuscado.

9 - Estruture os parágrafos
Evite escrever parágrafos muito longos, pois tendem a ser tomados como maçantes. O cuidado com os parágrafos deve ser preocupação permanente de quem escreve. Um parágrafo longo demais pode ser sinônimo de um acúmulo ou confusão de ideias. Já um parágrafo muito curto pode ser indício de sonegação dessas mesmas ideias. O ideal é que eles sejam equilibrados - nem longos, nem curtos - e que possam expressar a ideia de uma forma lógica e competente. Quantos parágrafos deve ter um texto? Cada situação de escrita vai estabelecer o limite da escrita. O ideal é que, para um texto de 30 linhas, haja ao menos 4 parágrafos: um para introdução, dois para o desenvolvimento e um para a conclusão. Entretanto, essa não é uma fórmula exata.

10 - Enriqueça seu repertório
Manter-se atualizado e a par dos principais fatos é essencial. Assim como os músicos têm um repertório, o redator precisa ter na manga conhecimentos de que se possa valer ao abordar os mais diversos temas. É preciso conhecer o assunto sobre o qual vai escrever, o que demanda certa leitura e informação. Para tanto, é preciso estar atento ao noticiário e mapear as editorias à procura de assuntos recorrentes. Arriscar-se a falar sobre algo que desconhece pode ser um tiro no pé. Qualquer pessoa mais informada - seja um leitor comum ou um membro da banca examinadora - descobrirá facilmente, ao cabo de um parágrafo ou dois, se o candidato está blefando sobre alguma informação. Sobretudo se esta for expressa de modo maneirista, com excesso de relativizações, o que pode ser sinal de insegurança ao lidar com os dados. Construções pirotécnicas e cheias de adornos retóricos são o refúgio ideal da falta de conhecimento. Na dúvida, é melhor o redator se guiar por raciocínios e informações que ele domine.

Do Enem para a vida
10 dicas para a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio que são úteis também no dia a dia
Atenção ao que se propõe - Uma leitura cuidadosa da proposta de redação evita que o candidato fuja do tema ou só o tangencie.
Examine a antologia - Trechos selecionados pela prova cumprem a tarefa de provocar a reflexão acerca da situação-problema em questão.
Siga as instruções - Desrespeitar o mínimo de 8 e o máximo de 30 linhas escritas, bem como não entregar a prova à tinta, podem desclassificar o candidato.
Faça um rascunho - É nessa etapa que se organizam as ideias, esquematizando-as em parágrafos para que se organizem segundo a estrutura clássica da dissertação: introdução (apresentação da tese a ser defendida); desenvolvimento (argumentos que justifiquem a tese); conclusão (parágrafo final em que se expõe uma solução ou desfecho para o tema).
Norma culta - O domínio da língua não implica necessariamente um texto rebuscado. O ideal é que seja correto e simples. Convém evitar períodos longos demais e vocabulário pedante, bem como clichês e generalizações vazias.
Marcas de oralidade - Expressões da fala cotidiana, como "né", "ok" ou "tá, por exemplo, não têm lugar numa redação. Palavras obscenas também devem ser evitadas, a menos que indispensáveis ao tratamento do assunto.

Sem internetês - Abreviações do tipo "vc", "hj", "td", etc., podem tirar pontos de uma redação que não está na situação de comunicação que exige o internetês. Nenhum leitor é obrigado a entender a linguagem dos computadores. Convém não usar nenhum tipo de abreviação não explicada, pois se corre o risco de fazer uma abreviação equivocada.

Manter a pessoa do discurso - Convém manter a mesma pessoa do discurso ao longo de todo o texto - seja a 3ª do singular ("entende-se que ela tenha agido assim...") ou a 1ª do plural ("vivemos uma era tecnológica...").

Revisão final - É aconselhável ler o texto depois de terminá-lo, para que não passem possíveis deslizes gramaticais, erros de concordância, etc. Além disso, repetições e redundâncias, comuns quando se escreve com pressa, podem colocar a redação a perder.

Exercite - Escrever e reescrever textos ajuda a criar hábito.
- O prazer de contar histórias
- Na jugular da língua
- Alterando a natureza das coisas
- A origem do "uai"

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Paródia de Música Cerveja.



Texto Original CERVEJA.

Hoje é sexta-feira, chega de canseira. Nada de tristeza, pegue uma cerveja. E põe na minha mesa. Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja. Tô de saco cheio, tô pra lá do meio. Da minha cabeça.
Chega de aluguel, chega de patrão. O coração no céu. O sol no coração.
Pra tanta solidão:Cerveja, cerveja, cerveja, cerveja. Cerveja.(Leandro e Leonardo)

Paródia CÊ VEJA.
É segunda-feira, dia de canseira. Chego em minha casa. Abro a geladeira. A situação tá feia.
É segunda-feira, só dá mais tristeza. Vou até a gaveta. Pego as minhas contas. Boto sobre a mesa.
Devo o aluguel. Já faz um tempão. Meu nome já está sujo. Venceu a prestação. É tanta conta irmão.
Cê veja, cê veja, cê veja, cê veja. Cê veja: a minha situação! (Chalimar Rocco)











Paródia.

O que é?
Para elaborar uma paródia, é fundamental entender que ela é uma brincadeira que fazemos com textos, como poemas, letras de músicas, provérbios e, por que não, hinos de agremiações esportivas. Na paródia, o significado do texto é modificado com o objetivo de produzir humor. Veja dois exemplos de paródias de provérbios:
“Quem sai na chuva é pra se queimar”. (Vicente Matheus)

O provérbio que serviu foi base para a paródia “Quem sai na chuva é pra se molhar” e o efeito humorístico foi obtido pela substituição do último vocábulo por palavra de sentido oposto.
“Em terra de cego, quem tem um olho é estrangeiro”. (Millôr Fernandes)

O provérbio “Em terra de cego, quem tem um olho é rei” possibilitou a substituição de rei por estrangeiro e a consequente alusão à mentalidade do brasileiro no que se refere à super valorização do que é exterior.


Como fazer?
Uma vez entendida a paródia, veja como ela pode ser feita em relação ao assunto proposto. Não raro, encontramos jovens torcedores deste ou daquele time que, querendo brincar com seu adversário no plano esportivo, não sabem como fazê-lo. Oferecemos aqui uma opção.
A paródia de um hino de clube pode ser feita basicamente de duas maneiras.
Vejamos um exemplo específico: se a pessoa é palmeirense e deseja brincar com os torcedores de times concorrentes, ela pode escolher seu próprio hino e reescrever a letra, elogiando o seu time e, ao mesmo tempo, criticando as outras agremiações.
A segunda opção é que o palmeirense pegue o hino do time adversário (por exemplo, o do São Paulo) e reescreva-o de tal sorte que o hino, que deveria ser uma exaltação, passe a ser uma “autocrítica”.
Lembre-se, portanto, que há dois procedimentos diferentes, neste caso, para a elaboração da paródia.
Vejamos como ela poderia ficar, observando que o texto abaixo é apenas uma das muitas possibilidades existentes.

Procedimento 1: o palmeirense utiliza o seu próprio hino para brincar com os adversários.
"Quando surge o Alviverde imponente. No gramado o Corinthians o aguarda. . Ele sabe o que vem pela frente Goleada, a derrota não tarda.
Até mesmo o tão forte São Paulo. Que ainda pensa que é o maior. Vai largando a arrogância de vez. Quando perde pra nós na final".
Observe que no texto parodiado mantivemos várias das expressões originais e modificamos totalmente outros versos, principalmente os do final da estrofe.

Procedimento 2: o palmeirense utiliza o hino do adversário (São Paulo) para brincar com ele.
"Olhe o Tricolor paulista. Um dos times brasileiros. Eras forte, eras belo. Dentre os grandes és o segundo.
Oh! Tricolor. Clube derrotado. As tuas glórias. São do passado".

Lembre-se de que você deve fazer paródias com elegância. Em hipótese alguma utilize uma linguagem menor, que deponha contra você e, consequentemente, contra o seu próprio time. A paródia aqui proposta é uma brincadeira saudável, jamais uma forma de expressar ideias para magoar quem quer que seja. Portanto, tenha sempre em mente que sua intenção é elaborar um texto bem-humorado. A paixão pelo futebol não deve se misturar a sentimentos mesquinhos.
(Granatic, Branca. Redação: humor e criatividade. São Paulo: Scipione, p.49-51, 1997.)

Conceito de paródia

Olá, caríssimos!
Hoje venho aclarar o conceito de paródia. Trata-se de transformar um texto conhecido pelo público em geral, consagrado, em um novo texto, de cunho humorístico, zombeteiro ou contestador. Muitas vezes o texto parodiado torna-se polêmico, principalmente para aqueles mais conservadores. É preciso, porém, destacar que as paródias ajudam a tornar o seu produtor e seus leitores mais críticos, já que utilizam de liberdade de expressão.
É notório que os adolescentes de hoje gostam de ritmos musicais muito diferentes dos difundidos em outras épocas e criticados por outras gerações. Então, por que não unir o útil ao agradável? Criar uma música que leve em consideração o gosto de vocês e seja instrutiva, além de criticar o que está sendo exibido claramente, na novela das 8, por exemplo, com cenas de drogas, violência, sexo, etc. e o pior, em horário nobre!!!
Fica como dica o vídeo exibido pela MTV, intitulado Gaiola das Cabeçudas, uma sátira ao vídeo Gaiola das Popozudas.
É isso aí: de A de Aleijadinho, passando por Einstein e pedindo para tocar "um Vivaldi aí", se vocês não conhecem metade dos ilustres famosos apresentados neste funk, precisam ficar atualizados.

Abraços!
Bom final de semana e um excelente carnaval!